Mono e Transcultural

Written by admin on 20 de janeiro de 2022. Posted in Notícias

Quem não faz aqui, fará fora daqui?

 - Um missionário fazedor de tendas é um cristão que, se mantém financeiramente por conta própria na sua própria cultura local ou em outra, com o propósito de testemunhar de Jesus. Sua motivação e conduta pessoal estão voltadas para a expansão dos planos e obras de Jesus. Alem disso deve ser alguém disposto a trabalhar em equipe no sentido mais convencional, entre missionários e fazedores de tendas da própria localidade. O Senhor chama o cristão para ser sal e luz no dia a dia do seu trabalho, dando atenção aos mais humildes, procurando conhecer a realidade das pessoas com quem trabalha, valorizando seus ideais e projetos de vida, colocando-se à disposição para servir.

 - A tarefa privilegiada de pastores, agencias e escolas de missiologia, é conduzir todos para a maturidade e equipa-los para o ministério, mas antes multiplica-los com as suas vocações, treinando como discípulos para que façam outros discípulos. A dominação do laicato pelo clero tem constituído um grande mal ao longo da historia da igreja, privando um e o outro dos papéis destinados a cada um por Deus, sendo contrários ao que ensina a Bíblia, por isto, temos insistido no sacerdócio de todos os crentes, agora insistimos no ministério de todos os crentes.

 - As organizações e igrejas, poderiam ver seus ministérios mais enriquecidos, se abrissem mais espaços para os profissionais, evitando a sobrecarga com tarefas e responsabilidades para as quais tem pouca habilitação, formando uma equipe de profissionais trabalhando conjuntamente, como desde o início do cristianismo, num movimento pelo profissional que durou muito tempo.

 - É preciso melhor aproveitamento e mobilização de profissionais de varias áreas, como na educação, saúde, administração, controladoria, assistência social, empresarial, tecnologia, inovação, etc, que estão nas igrejas e que raramente são convidados para participar do desenvolvimento ministerial e missional.

 - O futuro passa pela desclericalização da igreja, hoje já tendo muitos líderes e profissionais mais preparados que muitos pastores. Esses líderes esbarram nas estruturas manejadas por profissionais da religião. Esta visão míope a respeito do serviço cristão tem prejudicado seriamente o crescimento da igreja em todo mundo.

 - Ao mesmo tempo, temos que evitar pensar que apenas o profissional de nível superior deve ter espaço no serviço cristão, mas também o pedreiro, operário, segurança, empregada domestica, mecânico, o cego, o adolescente, o deficiente e outros, podem aprender e servir em comunidade com seus dons e talentos.

 - Sem o envolvimento de profissionais, dito leigos, no evangelismo mundial a tarefa nunca estará concluída.

 - Seria ótimo se houvesse uma escola, uma agencia, de uma boa organização numa estrutura de apoio para treinamentos. Mas até agora nada foi feito com uma boa coordenação.

 - Temos visto como a ABU organizou seu bom escritório de apoio, para auxiliar os cristãos estudantes e formados em suas atribuições.

 - A grande Comissão é para a Igreja ‘com i maiúsculo’ como corpo ou noiva de Jesus e precisa se manter saudável e independente, pelo sacerdócio real envolvendo todos os que são publicamente de Jesus. Se não formos ao mundo com o evangelho, ele virá contra nós em julgamento.

 - A Missão não pode depender do sustento da igreja com ‘i minúsculo’ (religiosa) para o trabalho missional, criando a síndrome da superdependência para a missão, prejudicando o crescimento e maturidade como Igreja de Jesus, que foi chamada para administrar e cuidar da terra em amizade com Jesus, dentro da própria ou noutra cultura, até que Ele volte para governar integralmente o mundo ressuscitando os salvos com Ele, para o Seu reinado sem doenças, sem catástrofes e sem mortes.

 - É tão válido o equilíbrio que tenha missionários que se auto sustentem, quanto que sejam sustentados por Igrejas, pois o que de fato interessa é o fruto que amplia a visão da vida com Jesus, como aroma suave e aprazível a Deus, trabalhando juntos. - Fp 4.10,14-18.

 - A grande comissão se aplica a cada crente ou cristão e filho de Deus. É dever de todo cristão utilizar meios para cumprir a missão, que não se restringiu apenas aos apóstolos.

 - Agora em Jesus, todos somos sacerdotes para fazer discípulos de Jesus em todas as nações e em qualquer local de forma ‘mono ou transcultural’, estando com Jesus até a consumação dos séculos.

 - Não é trazer todo mundo a Jesus, mas é levar Jesus a todo mundo, para a adoção como filhos ou para redenção da vida sob o reinado de Jesus. Não é levar os salvos para os céus, mas para fazer parte do Corpo de Jesus como cuidadores da terra até o dia final, quando Ele voltará para governar com excelência completa o novo Reino sem mortes. Deus pensou na humanidade e nos criou na Sua semelhança para fazer parte da Missão com Ele.

 

 - No Velho Testamento, mesmo antes da queda, tem todo trabalho e auto sustento: Adão, para cultivar e guardar o jardim como agricultor. Abel, criador de ovelhas. Abraão, pecuarista. Hagar, empregada domestica. Isaque, fazendeiro. Rebeca, carregadora de agua. Jacó, fazendeiro nômade. Raquel, criadora de ovelhas. José, ministro de estado. Míriam, babá. Moisés, pastor de ovelhas. Bezaleel, habilidosa artífice. Josué, comandante militar. Raabe, dona de pensão. Débora, libertadora nacional. Gideão, líder militar. Sansão, lutador de sucesso. Rute, coletora de cereais. Boaz, plantador de grãos. Davi, governante. Asafe, compositor. Salomão, imperador. Rainha Sabá, administradora. Jó, abastado fazendeiro. Amós, agricultor. Baruque, escritor. Daniel, primeiro ministro. Sadraque, Mesaque e Abdenego, administradores de províncias. Rainha Ester, governanta. Neemias, governador, além de muitos outros.

 

 - No Novo Testamento, José, pai adotivo e carpinteiro. Marta, dona de casa. Zaquel, coletor de impostos. Nicodemos e José de Arimateia, conselheiros da suprema corte. Barnabé, proprietário de terras. Cornelio, oficial militar. Lucas, médico. Priscila, Áquila e Paulo, fazedores de tendas. Lídia, vendedora de púrpura. Zenas, advogado. Erasto, tesoureiro municipal. Jesus, tornou-se um carpinteiro. Maria Madalena, Joana, mulher de Cuza, Suzana e muitos outros, prestavam assistência a Jesus, ofertando seus bens. - Lc 8.2-3.

 - Mais bem-aventurado é dar, que receber. - At 20.33-35.

 - Cada um permanece na vocação que foi chamado. - ICo 7.20.

 

 - Exemplo: De Governador Valadares MG, estudante de odontologia, Stephenson Araújo, líder da ABU, concluiu seu curso e começou a fazer diferença. Além do seu consultório em Ipatinga MG, fundou quatro igrejas atuando como fazedor de tendas, sempre contribuindo para o bem-estar das pessoas a quem atende e exerce uma influencia na comunidade onde vive, numa combinação de uma vida integra e o serviço à comunidade, comunicando o evangelho integral, além de ser professor de missões e antropologia, concluindo o seu mestrado em missiologia pelo CEM em Viçosa MG - 1992.

 

 - Citação do Livro 1979 - Traduzido em 1992 por Enedina Sacramento. Revisado por Marô de Paula, Marta e Timóteo Carriker. - Fazedores de Tendas Hoje, de J.Christy Wilson e Robson L Ramos. @Editora Sepal.

 Edgard F Alves